Conforme vamos envelhecendo, nosso cérebro vai se condicionando a fazer coisas no automático e essa repetição de atividades pode fazer com que nossa massa cinzenta vá ficando cada vez mais preguiçosa. Quando a idade chega, se esse órgão não é exercitado de forma constante sua capacidade de armazenar informações e capacidade cognitiva são consideravelmente reduzidas.
Alguns pesquisadores apontam que seguir um estilo de vida saudável pode ajudar as pessoas a terem um cérebro mais ativo, e assim como os exercícios feitos no corpo, o estímulo cerebral também precisa estar presentes na rotina desde muito cedo. Para manter a reserva cognitiva e combater o “sedentarismo cerebral”, os especialistas recomendam a prática de uma série de atividades terapêuticas que auxiliam na estimulação cerebral e envolvem os cinco sentidos e possibilitam a melhora na concentração, atenção e memória.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas idosas chegará a 2 bilhões até 2050. No Brasil, essa parcela já soma quase 20 milhões de pessoas o que torna o país como o que possui a quinta maior população idosa do mundo. Sendo assim, é de extrema importância que sejam pensadas formas de atividades para idosos com o objetivo de estimular e exercitar o cérebro para evitar, por exemplo, doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer.
Segundo a neurocientista Alessandra Gorgulho, estudos apontam que a rede sináptica é dinâmica durante toda a nossa vida. Dessa forma, quanto mais estimuladas mais conexões são feitas e melhor desenvolvidas essas áreas ficam. “As que são amplamente empregadas se hipertrofiam, ou seja, há novas conexões com outros neurônios e ligações mais robustas. Por isso, é importante usar o cérebro incansavelmente”, explica.
Dessa forma, tudo o que envolve raciocínio ativa uma série de áreas do cérebro que melhoram o desempenho da memória, estruturação lógica e operações mentais, por exemplo. Porém é importante continuar praticando as habilidades aprendidas, pois caso contrário ela pode ficar “enferrujada”.
Por isso, o desenvolvimento de uma terapia que trabalhe as áreas físico-motoras bem como o cérebro são essenciais para o idoso que, muitas vezes, fica inativo após a aposentadoria e reduz drasticamente suas atividades e estímulos. “O envelhecimento é um processo natural, é preciso aprender a lidar com as mudanças que ele demanda. Medidas preventivas podem propiciar um envelhecimento mais saudável”, aponta a terapeuta ocupacional, Lívia Brandão.
Estudos apontam que a partir dos 45 anos já é possível perceber o início de um declínio cognitivo no ser humano. Mas não é por isso que precisamos parar de desafiar nosso cérebro e deixar as consequências do tempo afetarem, muitas vezes, de forma irreversível nossa memória, foco e atenção. Mesmo quando já se é idoso, com a prática diária de atividades terapêuticas com foco no exercício cerebral é possível melhorar esses pontos e até mesmo prevenir doenças mais graves.
Separamos três dessas atividades terapêuticas que podem servir de base para que você comece a estimular seu cérebro desde já ou até possa tentar oferecer para um familiar que pode se beneficiar.
Jogos que trabalhem o raciocínio lógico são mais do que indicadas para serem feitas por idosos e pessoas em geral. Palavras cruzadas, sudoku, xadrez e até mesmo o jogo de cartas são ótimos aliados para estimular diversas áreas do cérebro e melhorar a concentração e ganho de memória. A Fundação de Assistência à Saúde dos Estados Unidos recomenda, por exemplo, o Sudoku como exercício para o cérebro, já que este jogo auxilia a memória e aperfeiçoa as funções cognitivas.
Da mesma forma, os jogos de carta como pôquer, buraco e paciência exercitam o cérebro e podem retardar a perda de memória e manter a vitalidade. Para a Universidade de Michigam, o xadrez é um jogo de estratégia que também contribui significativamente nossas habilidades cognitivas. Para eles, qualquer jogo que envolva estratégia exercita o cérebro, que necessita de estímulos constantes e diários para se manter em forma.
Várias universidades brasileiras já têm testado o formato de oficinas para idosos que os estimulam nos aspectos físicos e mentais. E nesse sentido, a utilização dos cinco sentidos é essencial para que o cérebro se mantenha ativo e a estimulação sensorial ajuda a acordar o cérebro, que com o tempo se acostuma com as atividades que desenvolvemos rotineiramente.
Ouvir uma boa música, comer comidas gostosas e que não fazem parte do seu dia a dia, entre outras atividades que estimulem os sentidos pode provocar uma grande atividade cerebral.
A musicoterapia é uma técnica terapêutica que se utiliza da música para tratar seus pacientes e serve para promover a comunicação, expressão e aprendizado. Quando entramos em contato com a música, diversas áreas do cérebro são ativadas e hiper estimuladas.
Por exemplo, o hipocampo – área localizada nos lobos temporais do cérebro humano – é a sede da memória, sendo um importante componente do sistema límbico e de fundamental relevância para a navegação espacial. Em contato com a música, pode ajudar a despertar memórias profundas.
#BÔNUS
Pode ser que nesse momento você esteja se perguntando como é possível ajudar seu familiar a se manter constantemente estimulado e ativo. Nem sempre é possível pensar e oferecer tantas atividades quando a rotina é corrida e existem tantos compromissos na agenda. Pensando nisso, a Villa Dei Fiori possui um espaço que foi pensando desde o início para oferecer o serviço de hospedagem assistida e que conta com o desenvolvimento de diversas atividades aos seus hóspedes com foco no estímulo físico e mental.
Nossa programação semanal conta com mais de 20 atividades terapêuticas e oficinas que podem melhorar e exercitar o cérebro de idosos e qualquer pessoa que precise de cuidados, mesmo que de forma temporária. Para conhecer mais sobre nossas atividades, confira aqui no site.
